Nestes tempos de excesso de entrevistas o pessoal está arrumando bem o cenário atrás das costas. Estantes apinhadas de livros, mas nenhuma vintage de celulares ou laptops em demonstração. Só a maçã do pecado de vez em quando. Sinal que os livros ainda são os tijolos do saber. Estão lá, escondendo a parede. Ou quase.
Ontem postaram um meme espetacular: "Vendo pôsteres de biblioteca para usar de fundo em vídeo conferências", dizia em letras garrafais na frente de uma foto de livros. Tinha um defeito, porém: os livros eram uma verdadeira parede de papel, impenetrável, quase irreal. Erro grave. Não vai funcionar no mercado isso daí. O pessoal que dá entrevista arruma os livros para que pareçam um pouco desarrumados, coisa fundamental para comunicar o manuseio recente, sinal de uso, atividade da cabeça bem penteada. Também, notem, sempre há um ou dois títulos claramente visíveis para que aqueles objetos sagrados não se reduzam a uma abstração platônica, mas revelem incarnações reais do conceito de livro. É divertido. Eu fico procurando ler os títulos, retorço a cabeça, inclino ... "o que é que ele disse, mesmo?"
Ontem postaram um meme espetacular: "Vendo pôsteres de biblioteca para usar de fundo em vídeo conferências", dizia em letras garrafais na frente de uma foto de livros. Tinha um defeito, porém: os livros eram uma verdadeira parede de papel, impenetrável, quase irreal. Erro grave. Não vai funcionar no mercado isso daí. O pessoal que dá entrevista arruma os livros para que pareçam um pouco desarrumados, coisa fundamental para comunicar o manuseio recente, sinal de uso, atividade da cabeça bem penteada. Também, notem, sempre há um ou dois títulos claramente visíveis para que aqueles objetos sagrados não se reduzam a uma abstração platônica, mas revelem incarnações reais do conceito de livro. É divertido. Eu fico procurando ler os títulos, retorço a cabeça, inclino ... "o que é que ele disse, mesmo?"
Comentários
Postar um comentário